Esqueça todas as batalhas que aprendeu nas aulas de História na escola, pois sobre a qual falarei, você nunca ouviu em nenhum colégio. A Batalha de Nuremberg! Isso mesmo, ocorreu na Alemanha, no dia 25 de junho, mas especificamente entre Portugal e Holanda no Frankenstadion, em jogo válido pelas oitavas de final da Copa do Mundo de 2006.
Foi o jogo mais violento da história em Copas do Mundo. Ao todo, foram distribuídos 16 cartões amarelos e 4 vermelhos pelo árbitro russo Valentin Ivanov. Nem mesmo craques como Luis Figo e Wesley Sneijder escaparam das advertências. O resultado terminou com vitória portuguesa pelo placar de 1x0.
O que surpreendeu a todo o mundo foi a violência das duas equipes, algo nada comum entre seleções da Europa. Tudo começou com entrada criminosa do defensor Boulahrouz na coxa de Cristiano Ronaldo, onde o árbitro preferiu não expulsar o holandês. No entanto, aos 23 minutos da primeira etapa, Maniche recebeu na área, cortou o marcador e finalizou bonito, abrindo o placar para os portugueses.Por conta da entrada, Cristiano Ronaldo teve que deixar o campo. Luiz Felipe Scolari, na época treinador de Portugal, discutiu com o comandante holandês, Marco Van Basten. O clima se exaltou. O português Costinha foi expulso ao tocar com a mão na bola e receber o segundo amarelo. Boulahrouz, que já merecia o cartão vermelho, colocou a mão na cara de Figo e também foi embora.
A situação piorou quando o time holandês recusou-se a praticar o fair-play e devolver a bola aos portugueses. Deco acabou expulso quando fez cera, e ainda viu Van Bronckhorst também ir para o chuveiro mais cedo pelo lado Laranja.
Qualquer encontrão já era motivo para iniciar um pequeno tumulto. O árbitro assinalou incríveis seis minutos de acréscimos, por conta de todas as paralisações. Quando o apito final foi houvido, muita festa portuguesa em Nuremberg.
