Não caro leitor, você não acessou o blog errado e eu também não decidi mudar bruscamente os rumos dos assuntos publicados aqui. Em um momento político tão conturbado do país, no qual as pessoas pedem incansavelmente o impeachment da presidente Dilma Rousseff, e outras defendem o seu mandato, escrevo esse artigo não para pedir a saída da autoridade máxima do país, mas sim para pedir a saída de Dunga, treinador da Seleção Brasileira. Os motivos são convocações e escalações contestáveis, falta de padrão de jogo e resultados ruins em jogos oficiais.
Se você pegar a lista de convocados, provavelmente discordará de alguns nomes. Onde está Thiago Silva, que mesmo chorando, ainda é o melhor zagueiro que o Brasil tem à sua disposição? Ou então, por que Jonas, artilheiro da Europa na temporada, foi apenas a terceira opção, sendo preterido até a Kaká, o qual atua em uma liga emergente? Um dos melhores laterais-esquerdo do mundo, Marcelo, não foi chamado com Dunga justificando que ele estava lesionado. No entanto, Zinedine Zidane, técnico do Real Madrid, desmentiu a declaração e afirmou que o jogador poderia sim ter sido chamado. Onde está o Lucas, do PSG? Por que não dar mais chances ao Phillippe Coutinho? Contestações não faltam!
Aliado a essas escolhas ruins está a total falta de padrão de jogo. A seleção não demonstra um futebol vistoso, apenas pragmático e que se baseia muito no resultado, ficando refém apenas de lampejos de Neymar, que não vem repetindo suas atuações de Barcelona. Sobrecarregar o camisa 10, muitas vezes o centralizando, não tem sido uma alternativa boa, já que o atleta prefere jogar aberto pelas laterais do campo e rende mais nesse setor.
Convocações contestáveis e falta de tática só podem resultar em resultados ruins. Em sua primeira competição oficial desde que voltou à Seleção, a Copa América, caiu nas quartas de final para o Paraguai, após fazer uma fraca campanha na primeira fase. Nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, um pífio sexto lugar, com apenas duas vitórias, justamente contra Peru e Venezuela, os adversários mais fracos, tendo perdido para o Chile e empatado os clássicos diante de Argentina e Uruguai. Com isso, o país corre sérios riscos de ficar de fora da próxima edição do torneio mundial.
Portanto, a saída de Dunga passa a ser uma questão de necessidade se o Brasil quiser disputar a próxima Copa do Mundo. Trocar de treinador agora seria essencial, pois o substituto teria a Copa América Centenário para tentar reestruturar a equipe, mas esse nome teria que ser muito bem avaliado. Apesar de pedir uma troca de comando, as opções são extremamente escassas e o melhor nome para assumir, atualmente, seria o de Tite, do Corinthians, que poderia, em pouco tempo, arrumar a equipe, assim como fez com o alvinegro após o desmanche do início de ano. O grande problema seria se ele aceitaria pegar o "bonde andando".
