19 janeiro 2016

OPINIÃO: Calleri, o novo matador Tricolor


O São Paulo aplicou um belo "chapéu" no Atlético-MG ao praticamente fechar a contratação de Jonathan Calleri, atacante que estava no Boca Juniors, restando apenas pequenos detalhes burocráticos para a conclusão do negócio. Ele será repassado ao clube do Morumbi por um grupo de empresários, o qual o adquiriu pelo valor equivalente a R$48 milhões.

Calleri é um excelente atacante, revelado pelo All Boys, ganhou notoriedade com as cores da camisa do Boca Juniors. Na reestreia de Tevez pelos xeneizes, marcou um gol espetacular de letra, encobrindo o goleiro. O São Paulo acertou em cheio na sua contratação, mesmo ele ficando por pouco tempo, e será uma ótima dupla de ataque com Alan Kardec, chegando para suprir também a ausência de Alexandre Pato, melhor jogador Tricolor no último ano, que retornou, após o término de seu empréstimo, para o Corinthians.

Ágil, frio e goleador. Estas três características definem o estilo de jogo de Calleri, que atuando pela equipe de Buenos Aires, em 60 partidas entre os anos de 2013 e 2015, anotou 23 gols, média de 0,38. Mesmo tendo uma estatura relativamente baixa, 1,79 m, destaca-se por marcar tentos de cabeça. Além disso, na mesma quantidade de jogos, deu 12 assistências, mostrando que também costuma servir seus companheiros.


Mesmo sendo um dos destaques do Boca Juniors na última temporada, Calleri precisa de 5,5 finalizações até conseguir balançar as redes adversárias. Em uma comparação rápida, Ricardo Oliveira, artilheiro do último Campeonato Brasileiro com a camisa do Santos, necessitava de 2,4 chutes até marcar.

Na contramão da velha fama de que jogadores argentinos gostam de "bater" e costumam ser desleais, é um atleta com histórico de poucos cartões, tendo recebido apenas 7 amarelos e 1 vermelho quando vestia a camisa xeneize.

Naturalmente, o jovem de 22 anos precisará de um tempo de adaptação ao futebol brasileiro e Edgardo Bauza terá extrema importância nesse processo, pelo fato de falar a mesma língua e ser conterrâneo, ajudará o atacante, necessitando de paciência da torcida. Passado esse tempo, o São Paulo não poderá ficar "refém" do futebol de Calleri, caso ele engrene e marque muitos gols, o que possui grandes chances de acontecer, pois o argentino ficará por pouco tempo e ter um substituto à sua altura com características semelhantes, será extremamente necessário para não comprometer o projeto de toda uma temporada.