No próximo sábado, 28, o mundo do futebol irá parar! Não existirá um amante sequer deste esporte que ficará sem assistir à decisão da UEFA Champions League, o maior torneio de clubes do planeta, a qual coloca frente a frente dois rivais espanhóis da cidade de Madrid, Real e Atlético, lutando por único objetivo na cidade de Milão: levantar a "Orelhuda", apelido carinhoso dado à taça da competição. Esta será a reedição da final da temporada 2013/2014, em que os merengues superaram os colchoneros por 4x1 na prorrogação, após empate nos instantes finais do tempo regulamentar.
Para o Real Madrid será a conquista do décimo primeiro título do torneio, servindo para salvar temporada bastante conturbada, a qual teve troca de treinadores (saiu Rafa Benítez e entrou Zinedine Zidane), exclusão da Copa do Rei por escalação irregular de Cheryshev e o vice-campeonato espanhol.
Já para o Atlético de Madrid é a chance de fazer história e conquistar pela primeira vez a competição, que bateu na trave nas temporadas 1973/1974 e 2013/2014. Seria a consolidação do excelente trabalho de Diego Simeone, treinador argentino o qual recolocou os colchoneros no caminho das conquistas. Assim como o rival, esta é a última chance de levantar um caneco neste ano, pois a equipe terminou em terceiro no Espanhol e foi eliminado pelo Celta de Vigo nas quartas de final da Copa do Rei.
As campanhas
Real Madrid: Na fase de grupos, o Real Madrid se classificou com sobras, tendo somado 16 pontos, com cinco vitórias e um empate. Estreou goleando o Shakhtar Donetski por 4x0, superou o Malmö por 2x0 na segunda rodada e depois empatou sem gols com o PSG, em seu único tropeço. No returno, bateu os franceses por 1x0, venceu os ucranianos em duelo bastante disputado por 4x3 e encerrou sua participação ao massacrar os suecos por 8x0.
As oitavas de final reservaram dois confrontos com a Roma. Sem passar dificuldades, os espanhóis venceram a ida por 2x0, no estádio Olímpico, tentos de Cristiano Ronaldo e Jesé, e repetiram o placar na volta, no Santiago Bernabéu, com novo gol de CR7 e outro de James Rodriguez.
Na fase seguinte, os merengues levaram grande susto ao serem surpreendidos e derrotados pelo Wolfsburg por 2x0, na Volkswagen Arena. No entanto, quem tem Cristiano Ronaldo não precisa se preocupar e o português anotou três bolas na rede no Bernabéu e confirmou a classificação de seu time com o triunfo por 3x0.
Pode-se dizer que as semifinais foram fracas tecnicamente. Mesmo as expectativas para os embates com o Manchester City serem grandes, o primeiro jogo, na Inglaterra, terminou empatado sem gols, enquanto na volta, o gol solitário de Gareth Bale, que desviou em Fernando, definiu a classificação dos espanhóis para a grande decisão.
Atlético de Madrid: Sem maiores dificuldades, o Atlético de Madrid também passou na primeira colocação de seu grupo, tendo somado 13 pontos, com quatro vitórias, um empate e uma derrota. A estreia foi contra o Galatasaray e, mesmo fora de casa, a vitória por 2x0 veio. Depois, derrota surpreendente por 2x1 para o Benfica, em pleno Vicente Calderón. Porém, os colchoneros não se abalaram e golearam o Astana por 4x0 no duelo seguinte. No returno, empate sem gols com o time do Cazaquistão, repetição do placar sobre os turcos e 2x1 sobre os portugueses em Lisboa.
No duelo das oitavas de final, muitas dificuldades para superar o PSV, empatando as duas partidas sem gols. Com isso, a partida foi decidida apenas na disputa de penalidades máximas e foram necessárias 16 cobranças para que os espanhóis confirmassem a classificação ao triunfarem pelo placar de 8x7.
Depois dos holandeses, vieram duas pedreiras. A primeira, o Barcelona, nas quartas de final. Derrota por 2x1, no Camp Nou, em duelo no qual o Atlético vencia com gol de Fernando Torres até ele mesmo ser expulso e o time acabar sofrendo a virada em tentos de Luis Suárez. Na volta, porém, os colchoneros anularam os catalães e venceram por 2x0, gols de Griezmann, carimbando a vaga.
Passado dos catalães, veio o Bayern de Munique. Na ida, em Madrid, um lance de genialidade do meio campista Saúl foi o suficiente para garantir a vitória pelo placar mínimo e levar a vantagem para a Alemanha, onde foi um verdadeiro duelo de ataque contra defesa, no qual os bávaros triunfaram por 2x1, mas o tento anotado fora de casa por Griezmann foi fundamental para levar os Rojiblancos à final.
O palco do espetáculo
O confronto entre os dois rivais da capital espanhola será disputado em terras italianas, no estádio San Siro/Giuseppe Meazza, em Milão. A capacidade é superior a 80 mil pessoas, o maior da Itália e terceiro maior do continente europeu, com promessa de estar totalmente lotado, com os setores localizados atrás dos gols destinados aos torcedores de Real Madrid e Atlético, enquanto a parte central é voltada para outros espectadores.
Será a quarta vez que a final da UEFA Champions League será disputada neste mesmo estádio, sendo a segunda vez que contará com alguma equipe da Espanha envolvida. Anteriormente, na temporada 2000/2001, o Valencia empatou por 1x1 com o Bayern de Munique e acabou derrotado por 5x4 nas penalidades máximas. Além desse jogo, em 1964/1965, a Inter de Milão foi campeã em sua casa ao superar o Benfica pelo placar mínimo e em 1969/1970, o Feyernood bateu o Celtic por 2x1 na prorrogação.
Além de finais do principal torneio de clubes do planeta, o San Siro/Giuseppe Meazza já recebeu jogos em duas edições de Copas do Mundo. A primeira delas é 1934, foram três partidas, incluindo a semifinal entre Itália e Áustria. Depois, em 1990, foram seis confrontos, sendo cinco deles da Alemanha Ocidental.
Os craques
Cristiano Ronaldo: O craque português continua sendo o grande nome do Real Madrid e parece que o passar dos anos não o afetam. Na atual edição da UEFA Champions League, o camisa 7 esteve presente em 11 dos 12 jogos, ficando ausente apenas no duelo de ida da partida diante do Manchester City devido a sobrecarga muscular.
São incríveis 16 gols anotados nesses confrontos, média de quase 1,5 por partida. Além disso, o português não se contenta com poucos, pois sempre está buscando balançar as redes adversárias, tanto é que, ao todo, foram realizados 62 chutes pelo camisa 7 do Real Madrid.
A maior vítima do gajo nesta edição da competição continental foi o Malmö, da Suécia, que sofreu seis gols dele. Os ucranianos do Shakhtar Donetski sofreram cinco tentos, o Wolfsburg, da Alemanha, levou três, enquanto a Roma dois. Com isso, PSG e Manchester City foram as únicas agremiações as quais não sofreram com Cristiano Ronaldo.
O camisa 7 madrilenho está tentando conquistar pela terceira vez a UEFA Champions League. Na primeira delas, ainda pelo Manchester United, na temporada 2007/2008, superou o rival Chelsea, nas penalidades máximas, por 6x5 após empate por 1x1 no tempo regulamentar e prorrogação. O segundo caneco, já pelo Real Madrid, foi justamente contra o Atlético de Madrid, em 2013/2014, ao triunfar por 4x1 na prorrogação.
Antoine Griezmann: Não tão badalado quanto o rival português, Griezmann é o grande destaque do Atlético de Madrid, não apenas na UEFA Champions League, mas em toda a temporada. O atacante francês esteve presente em todos os 12 jogos de sua equipe na competição, não estando ausente por conta de lesão ou suspensão em nenhum deles.
Obviamente o número de gols não chega próximo ao de Cristiano Ronaldo, já que o jogador colchonero balançou as redes em sete oportunidades, média de quase 0,6 por jogo. Foram 26 finalizações realizadas por Griezmann, o qual também foi o responsável por dar uma assistência, ainda na segunda rodada da fase de grupos.
Griezmann fez do Galatasaray sua maior vítima. O clube turco levou quatro tentos do francês, dois em cada jogo da fase de grupos. Tirando essa agremiação, o camisa 7 voltou a balançar as redes em duelos difíceis e importantes do Atlético de Madrid, pois anotou duas vezes no Barcelona e uma no Bayern de Munique. Benfica, Astana e PSV não sofreram com o atacante colchonero.
Esta será a primeira vez que o destaque da agremiação Rojiblanca tentará levantar o troféu da UEFA Champions League. Ele não estava presente na dolorida derrota da temporada 2013/2014 para o próprio Real Madrid na prorrogação por 4x1, após estar vencendo por 1x0 no tempo regulamentar até os instantes finais, pois chegou ao clube em julho daquele ano.
Os comandantes
Zinedine Zidane: Zidane assumiu o comando técnico do Real Madrid em janeiro deste ano após saída conturbada de Rafa Benítez devido aos maus resultados. Rapidamente o francês ganhou o respeito do grupo de jogadores, algo que não havia com seu antecessor.
Este é seu primeiro grande trabalho, pois anteriormente estava nas categorias de base do clube espanhol, na qual tinha aproveitamento pouco superior a 45%. Atualmente, no time principal, o aproveitamento gira próximo dos 77%, tendo conquistado 21 vitórias em 26 jogos disputados.
A conquista da UEFA Champions League seria para consagrar definitivamente Zinedine Zidane no comando técnico do Real Madrid, já que ele ainda enfrenta alguns questionamentos, principalmente de alguns dirigentes, os quais não acham que o francês seja o nome ideal para estar a frente dos merengues.
Diego Simeone: À frente do Atlético de Madrid, levou os colchoneros de volta ao caminho das glórias desde que assumiu em dezembro de 2011, tendo conquistado uma Supercopa da UEFA, uma Supercopa da Espanha, um Campeonato Espanhol, uma Copa do Rei e uma UEFA Europa League, tendo no comando dos Rojiblancos um aproveitamento superior a 75%. Ele detém o apoio total dos jogadores e da torcida, a qual se inflama com as orientações e gestos de Simeone.
Antes do clube da capital espanhola, Cholo, como é apelidado, também teve passagens por Racing, River Plate, Estudiantes e San Lorenzo, da Argentina, além do Catania, da Itália, este sendo considerado pelo próprio treinador como seu melhor trabalho, no qual salvou a equipe do rebaixamento na liga nacional.
Conquistar a UEFA Champions League é uma questão de honra para Diego Simeone, que a viu ir embora de suas mãos nos instantes finais na temporada 2013/2014, justamente contra esse mesmo Real Madrid, clube o qual o treinador argentino revelou em entrevista que nunca treinaria, assim como a Seleção Brasileira.
A cobiçada "Orelhuda"
Carinhosamente apelidada de "Orelhuda" por conta de seu design, a taça da UEFA Champions League é o grande objeto de desejo tanto de Real Madrid como Atlético na tarde deste sábado, 28, em Milão. Os primeiros, maiores campeões do torneio, tentam levantar o caneco pela décima primeira vez, enquanto os outros buscam a primeira conquista.
Aliás, os merengues fazem parte do seleto grupo composto por seis equipes (Além do Real Madrid, estão nele, Barcelona, Milan, Liverpool, Ajax e Bayern de Munique) que possuem a taça definitiva como propriedade, pois conquistaram a competição em cinco oportunidades diferentes ou em três consecutivas.
A "Orelhuda" é a quinta versão diferente da taça e foi desenhada e produzida em 1967, na cidade de Berna, na Suíça, por Jürg Stadelmann, após encomenda realizada pelo secretário geral da UEFA na época, Hans Bangerter, já que o troféu ficara definitivamente com o Real Madrid. Foram necessárias incríveis 340 horas para sua finalização.
- Pode não ser uma obra de arte, mas toda a gente no futebol deseja pôr as mãos nela. - afirmou o próprio Jürg Stadelmann, não podendo descrever de maneira melhor a tão sonhada taça da UEFA Champions League.
Os prováveis onze guerreiros
Real Madrid: A equipe é escalada em um ofensivo 4-3-3, apostando boa parte de suas fichas em seu poderoso trio de ataque, formado por Cristiano Ronaldo, Gareth Bale e Benzema, chamados de BBC. O português é a principal estrela, caindo pelo lado esquerda, com técnica inigualável e potentes arremates à longa distância. O galês, por sua vez, caindo pela direita tem na velocidade sua principal característica. Centralizado entre ambos está o oportunista atacante francês, artilheiro e concluidor a gol.
O meio de campo não possui nenhum 10 característico, mas apresenta dois jogadores bastante técnicos na armação das jogadas, Modric e Tony Kroos. O primeiro tem boa chegada à frente e também consegue recompor. Já o outro cadencia mais as jogadas, tem como principal virtude a boa qualidade de seus passes. Realizando o "trabalho sujo", se é que assim podemos chamar, está o brasileiro Casemiro, o qual cresceu muito de produção após voltar de empréstimo do Porto, bom passador e ainda sim vai ao ataque.
A linha defensiva tem Carvajal na lateral direita. Mesmo não sendo um primor técnico e talvez até um pouco violento, o espanhol vive melhor momento que seu substituto Danilo e tem se destacado por suas descidas ao ataque, apoiando Bale no lado do campo. A outra lateral quem faz é Marcelo, considerado por muitos como o melhor do planeta na posição, com forte poderio ofensivo e muita velocidade. A dupla de defesa tem dois atletas considerados violentos, Pepe e Sergio Ramos, que, no entanto, têm se mostrado muito seguros e fortes nas jogadas aéreas.
O gol é muito bem defendido por Keylor Navas. Ele que chegou a quase se transferir para o Manchester United em troca com De Gea, detém o recorde de oito partidas sem sofrer gols na UEFA Champions League, estando sempre muito seguro nas saídas de bola e também nas reposições rápidas ligando o ataque.
Atlético de Madrid: Apostando em esquema bastante defensivo, o Atlético de Madrid possui uma das melhores defesas do continente europeu, formada pelos uruguaios Godín e Gimenez, dois jogadores muito fortes na marcação e também nas jogadas aéreas. Nas laterais, Juanfran fica responsável por ajudar na recomposição, enquanto Filipe Luís possui maior liberdade para descer e apoiar ao ataque. Embaixo das traves está Oblak, o qual tem se mostrado muito seguro e realizando grandes partidas.
No meio de campo, o experiente Gabi fica responsável pela marcação, ajudando os defensores a segurar os atacantes adversários, enquanto Saúl e Koke, mesmo sendo volantes, atuam mais como meias armadores, tendo grande destaque nas armações de jogada e também nos passes. Mais a frente está o ágil e veloz Carrasco, responsável pela transição ao ataque com muita atenção e rapidez.
A dupla de ataque é formada por Antoine Griezmann, atacante destaque do Atlético de Madrid na atual temporada, caracterizando-se pela sua velocidade e habilidade em armar jogadas junto aos meio campistas para servir o centroavante da agremiação, Fernando Torres, o qual voltou a demonstrar seu melhor futebol e oportunismo para balançar s redes adversárias, tendo sido considerada injusta sua ausência na lista do técnico espanhol Vicente Del Bosque ao deixá-lo de fora da lista da seleção nacional para a Eurocopa.
Os craques
Cristiano Ronaldo: O craque português continua sendo o grande nome do Real Madrid e parece que o passar dos anos não o afetam. Na atual edição da UEFA Champions League, o camisa 7 esteve presente em 11 dos 12 jogos, ficando ausente apenas no duelo de ida da partida diante do Manchester City devido a sobrecarga muscular.
São incríveis 16 gols anotados nesses confrontos, média de quase 1,5 por partida. Além disso, o português não se contenta com poucos, pois sempre está buscando balançar as redes adversárias, tanto é que, ao todo, foram realizados 62 chutes pelo camisa 7 do Real Madrid.
A maior vítima do gajo nesta edição da competição continental foi o Malmö, da Suécia, que sofreu seis gols dele. Os ucranianos do Shakhtar Donetski sofreram cinco tentos, o Wolfsburg, da Alemanha, levou três, enquanto a Roma dois. Com isso, PSG e Manchester City foram as únicas agremiações as quais não sofreram com Cristiano Ronaldo.
O camisa 7 madrilenho está tentando conquistar pela terceira vez a UEFA Champions League. Na primeira delas, ainda pelo Manchester United, na temporada 2007/2008, superou o rival Chelsea, nas penalidades máximas, por 6x5 após empate por 1x1 no tempo regulamentar e prorrogação. O segundo caneco, já pelo Real Madrid, foi justamente contra o Atlético de Madrid, em 2013/2014, ao triunfar por 4x1 na prorrogação.
Antoine Griezmann: Não tão badalado quanto o rival português, Griezmann é o grande destaque do Atlético de Madrid, não apenas na UEFA Champions League, mas em toda a temporada. O atacante francês esteve presente em todos os 12 jogos de sua equipe na competição, não estando ausente por conta de lesão ou suspensão em nenhum deles.
Obviamente o número de gols não chega próximo ao de Cristiano Ronaldo, já que o jogador colchonero balançou as redes em sete oportunidades, média de quase 0,6 por jogo. Foram 26 finalizações realizadas por Griezmann, o qual também foi o responsável por dar uma assistência, ainda na segunda rodada da fase de grupos.
Griezmann fez do Galatasaray sua maior vítima. O clube turco levou quatro tentos do francês, dois em cada jogo da fase de grupos. Tirando essa agremiação, o camisa 7 voltou a balançar as redes em duelos difíceis e importantes do Atlético de Madrid, pois anotou duas vezes no Barcelona e uma no Bayern de Munique. Benfica, Astana e PSV não sofreram com o atacante colchonero.
Esta será a primeira vez que o destaque da agremiação Rojiblanca tentará levantar o troféu da UEFA Champions League. Ele não estava presente na dolorida derrota da temporada 2013/2014 para o próprio Real Madrid na prorrogação por 4x1, após estar vencendo por 1x0 no tempo regulamentar até os instantes finais, pois chegou ao clube em julho daquele ano.
Os comandantes
Zinedine Zidane: Zidane assumiu o comando técnico do Real Madrid em janeiro deste ano após saída conturbada de Rafa Benítez devido aos maus resultados. Rapidamente o francês ganhou o respeito do grupo de jogadores, algo que não havia com seu antecessor.
Este é seu primeiro grande trabalho, pois anteriormente estava nas categorias de base do clube espanhol, na qual tinha aproveitamento pouco superior a 45%. Atualmente, no time principal, o aproveitamento gira próximo dos 77%, tendo conquistado 21 vitórias em 26 jogos disputados.
A conquista da UEFA Champions League seria para consagrar definitivamente Zinedine Zidane no comando técnico do Real Madrid, já que ele ainda enfrenta alguns questionamentos, principalmente de alguns dirigentes, os quais não acham que o francês seja o nome ideal para estar a frente dos merengues.
Diego Simeone: À frente do Atlético de Madrid, levou os colchoneros de volta ao caminho das glórias desde que assumiu em dezembro de 2011, tendo conquistado uma Supercopa da UEFA, uma Supercopa da Espanha, um Campeonato Espanhol, uma Copa do Rei e uma UEFA Europa League, tendo no comando dos Rojiblancos um aproveitamento superior a 75%. Ele detém o apoio total dos jogadores e da torcida, a qual se inflama com as orientações e gestos de Simeone.
Antes do clube da capital espanhola, Cholo, como é apelidado, também teve passagens por Racing, River Plate, Estudiantes e San Lorenzo, da Argentina, além do Catania, da Itália, este sendo considerado pelo próprio treinador como seu melhor trabalho, no qual salvou a equipe do rebaixamento na liga nacional.
Conquistar a UEFA Champions League é uma questão de honra para Diego Simeone, que a viu ir embora de suas mãos nos instantes finais na temporada 2013/2014, justamente contra esse mesmo Real Madrid, clube o qual o treinador argentino revelou em entrevista que nunca treinaria, assim como a Seleção Brasileira.
A cobiçada "Orelhuda"
Carinhosamente apelidada de "Orelhuda" por conta de seu design, a taça da UEFA Champions League é o grande objeto de desejo tanto de Real Madrid como Atlético na tarde deste sábado, 28, em Milão. Os primeiros, maiores campeões do torneio, tentam levantar o caneco pela décima primeira vez, enquanto os outros buscam a primeira conquista.
Aliás, os merengues fazem parte do seleto grupo composto por seis equipes (Além do Real Madrid, estão nele, Barcelona, Milan, Liverpool, Ajax e Bayern de Munique) que possuem a taça definitiva como propriedade, pois conquistaram a competição em cinco oportunidades diferentes ou em três consecutivas.
A "Orelhuda" é a quinta versão diferente da taça e foi desenhada e produzida em 1967, na cidade de Berna, na Suíça, por Jürg Stadelmann, após encomenda realizada pelo secretário geral da UEFA na época, Hans Bangerter, já que o troféu ficara definitivamente com o Real Madrid. Foram necessárias incríveis 340 horas para sua finalização.
- Pode não ser uma obra de arte, mas toda a gente no futebol deseja pôr as mãos nela. - afirmou o próprio Jürg Stadelmann, não podendo descrever de maneira melhor a tão sonhada taça da UEFA Champions League.
Os prováveis onze guerreiros
Real Madrid: A equipe é escalada em um ofensivo 4-3-3, apostando boa parte de suas fichas em seu poderoso trio de ataque, formado por Cristiano Ronaldo, Gareth Bale e Benzema, chamados de BBC. O português é a principal estrela, caindo pelo lado esquerda, com técnica inigualável e potentes arremates à longa distância. O galês, por sua vez, caindo pela direita tem na velocidade sua principal característica. Centralizado entre ambos está o oportunista atacante francês, artilheiro e concluidor a gol.
O meio de campo não possui nenhum 10 característico, mas apresenta dois jogadores bastante técnicos na armação das jogadas, Modric e Tony Kroos. O primeiro tem boa chegada à frente e também consegue recompor. Já o outro cadencia mais as jogadas, tem como principal virtude a boa qualidade de seus passes. Realizando o "trabalho sujo", se é que assim podemos chamar, está o brasileiro Casemiro, o qual cresceu muito de produção após voltar de empréstimo do Porto, bom passador e ainda sim vai ao ataque.
A linha defensiva tem Carvajal na lateral direita. Mesmo não sendo um primor técnico e talvez até um pouco violento, o espanhol vive melhor momento que seu substituto Danilo e tem se destacado por suas descidas ao ataque, apoiando Bale no lado do campo. A outra lateral quem faz é Marcelo, considerado por muitos como o melhor do planeta na posição, com forte poderio ofensivo e muita velocidade. A dupla de defesa tem dois atletas considerados violentos, Pepe e Sergio Ramos, que, no entanto, têm se mostrado muito seguros e fortes nas jogadas aéreas.
O gol é muito bem defendido por Keylor Navas. Ele que chegou a quase se transferir para o Manchester United em troca com De Gea, detém o recorde de oito partidas sem sofrer gols na UEFA Champions League, estando sempre muito seguro nas saídas de bola e também nas reposições rápidas ligando o ataque.
Atlético de Madrid: Apostando em esquema bastante defensivo, o Atlético de Madrid possui uma das melhores defesas do continente europeu, formada pelos uruguaios Godín e Gimenez, dois jogadores muito fortes na marcação e também nas jogadas aéreas. Nas laterais, Juanfran fica responsável por ajudar na recomposição, enquanto Filipe Luís possui maior liberdade para descer e apoiar ao ataque. Embaixo das traves está Oblak, o qual tem se mostrado muito seguro e realizando grandes partidas.
No meio de campo, o experiente Gabi fica responsável pela marcação, ajudando os defensores a segurar os atacantes adversários, enquanto Saúl e Koke, mesmo sendo volantes, atuam mais como meias armadores, tendo grande destaque nas armações de jogada e também nos passes. Mais a frente está o ágil e veloz Carrasco, responsável pela transição ao ataque com muita atenção e rapidez.
A dupla de ataque é formada por Antoine Griezmann, atacante destaque do Atlético de Madrid na atual temporada, caracterizando-se pela sua velocidade e habilidade em armar jogadas junto aos meio campistas para servir o centroavante da agremiação, Fernando Torres, o qual voltou a demonstrar seu melhor futebol e oportunismo para balançar s redes adversárias, tendo sido considerada injusta sua ausência na lista do técnico espanhol Vicente Del Bosque ao deixá-lo de fora da lista da seleção nacional para a Eurocopa.