13 maio 2016

GUIA: Campeonato Brasileiro 2016

A data já está marcada, próximo sábado, 14, é quando começam as emoções daquele que é, para muitos, considerado como o mais disputado e difícil campeonato de futebol de todo o planeta, o Brasileirão. Este será mais um ano marcado por amplo domínio de agremiações do Sudeste, 11 no total, enquanto o Nordeste terá 3 representantes e o Sul, 6. Para você não perder um detalhe sequer da competição, o PÊNALTI FC preparou um guia completo destrinchando um pouco mais das 20 equipes que lutarão para conquistar o caneco. Confira logo abaixo!


América-MG: O Coelho está finalmente de volta à elite do futebol brasileiro, a qual não disputava desde 2011, e vem bastante embalado por conta da conquista do título mineiro, algo que não acontecia há 15 anos. 

Comandado pelo experiente Givanildo Oliveira, o América aposta na enorme sintonia que possui com seu treinador, o qual está no clube desde 2014 e possui passagens anteriores, para sonhar alto na competição, mesmo tendo consciência de que a luta real será para permanecer nesta primeira divisão. Outro trunfo é a Arena Independência, local que ficou eternizado por conta do Atlético-MG, mas pertencente ao alviverde, e que costuma ser um lugar difícil de se jogar.

Em seu elenco, conta com nomes bastante conhecidos no cenário do futebol brasileiro, como os experientes Borges, atacante campeão por onde passe, e o volante Leandro Guerreiro. Além deles, também possui Tiago Luis, meia-atacante que fez ótimo campeonato em 2015 atuando pela Chapecoense e revelado no Santos, chegando a ser chamado pela imprensa europeia de "O Messi Brasileiro". Outro destaque do América está embaixo das traves. O goleiro João Ricardo foi um dos principais nomes da conquista do campeonato estadual, com defesas importantes, chegando a despertar o interesse do São Paulo, mas ao que tudo indica ficará em BH. 

O América-MG é montado no tradicional esquema 4-4-2, que possui Leandro Guerreiro como volante de contenção e proteção à defesa, enquanto Claudiene é o responsável pela saída de bola. Osman e Rafael Bastos são os encarregados de construir as jogadas pelas laterais do campo, ligando o meio ao ataque, setor no qual Tiago Luis e Victor Rangel terão o trabalho de balançar as redes adversárias.


Atlético-MG: O Galo chega cotado como um dos favoritos a conquistar o título desta edição por conta do alto investimento realizado em contratações, como a do atacante Robinho, e também na aposta pelo treinador uruguaio Diego Aguirre, que já realizou bons trabalhos no Peñarol e no Internacional.

Jogando no estádio do Mineirão ou na Arena Independência, o Atlético-MG promete ser bastante forte quando mandante, não devendo desperdiçar pontos quando atuar nestas condições. O grande problema é dividir as atenções do Campeonato Brasileiro com a Libertadores, pois a agremiação poderá perder pontos preciosos no início que lhe podem custar o título mais tarde. Obviamente o certo é priorizar o torneio continental, porém tentando somar o maior número possível de pontos na competição nacional.

Sua principal aposta está no ataque. Robinho e Lucas Pratto estão fazendo uma dupla de sucesso nesta temporada, pelo menos foi assim no Campeonato Mineiro, quando a dupla anotou 15 gols ao todo. O atacante brasileiro, por sinal, foi um alto investimento realizado pela diretoria no início do ano. 

O técnico Diego Aguirre escala o time em um 4-4-2, mas que costuma liberar bastante Cazares ou Patric, independente de quem atuar naquela posição, juntamente com o recém-contratado Junior Urso, para chegar com perigo ao ataque. A dupla de volantes é formada por Rafael Carioca, responsável por dar maior qualidade ao toque e saída de bola atleticano, enquanto Leandro Donizete fica com o "trabalho sujo". A defesa também é consistente, conta com Leonardo Silva e Erazo, dois zagueiros bastante seguros, e nas laterais Marcos Rocha e Douglas Santos, ambos extremamente ofensivos.


Atlético-PR: O Furacão vem embalado por conta da conquista do título estadual em cima do rival Coritiba com certa tranquilidade em ambos os jogos das decisões. Com mescla entre jovens e experientes, a agremiação do Paraná deve fazer um campeonato bastante seguro, podendo surpreender com uma das vagas para a próxima edição da Taça Libertadores da América.

Um dos trunfos está no banco de reservas, o treinador Paulo Autuori chegou em março ao Atlético-PR e colocou a equipe nos eixos após início de ano ruim sob o comando de Cristóvão Borges. O experiente comandante já conquistou o Brasileirão em 1995 com o Botafogo, além de ter em seu currículo as taças da Libertadores e do Mundial de Clubes pelo São Paulo. Fora ele, outro fator que pode ser decisivo para o Furacão é a Arena da Baixada, único estádio na primeira divisão a possuir gramado sintético, algo que pode ser decisivo. 

O esquema é o tradicional 4-4-2, com dois volantes bastante técnicos e que sabem sair jogando como ninguém. Otávio, aliás, foi um dos destaques na última temporada por conta de seus desarmes, despertando interesse de grandes clubes. Um pouco mais a frente estão Ewandro e Vinícius, dois atletas jovens, mas que possuem técnica e velocidade, realizando a transição rápida com o ataque comandado pelo gordinho Walter, principal nome do Furacão nesta temporada, também contando com Nikão. 

A defesa paranaense é bastante experiente. Lá estão Thiago Heleno, que se destacou pelo Figueirense, e também Paulo André, o qual esteve muito bem no Corinthians, mas acabou perdendo espaço no Cruzeiro. Os laterais gostam de apoiar o ataque, e o gol está muito bem protegido por Weverton. 


Botafogo: Após passar um ano no ostracismo da segunda divisão, o Botafogo retorna à elite com o vice-campeonato estadual tendo apresentado um bom futebol, o que acabou surpreendendo a grande parte das pessoas. Sem ter jogadores de renome, a agremiação carioca deverá se preocupar em manter-se na série A neste ano.

Talvez o principal destaque do Fogão não esteja dentro das quatro linhas, mas sim fora delas. O treinador Ricardo Gomes voltou ao futebol após sofrer um AVC e tem feito ótimo trabalho sob o comando do Botafogo. Tamanha foi a gratidão do comandante com os cariocas, que ele recusou proposta tentadora do Cruzeiro há alguns dias. Ele demonstra sintonia com o elenco e sabe armar o time.

No entanto, falando dos jogadores mesmo, o Botafogo tem embaixo das traves sua principal estrela. Mesmo que tenha falhado recentemente, Jefferson é o porto-seguro do glorioso e sua experiência será decisiva em um campeonato tão longo e disputado.

O esquema pode ser definido como 4-1-3-2, no qual Airton é o único volante responsável pela marcação e apoio ao setor defensivo. Com isso, os meias a frente, Gegê, Rodrigo Lindoso e Bruno Silva saem bastante para apoiar o ataque, mas com o primeiro e o terceiro ajudando na recomposição dos laterais. No setor ofensivo, está Salgueiro, contratado esse ano, e o jovem Ribamar, o qual tem mostrado possuir estrela.


Chapecoense: Mais uma vez a Chape chega com o objetivo de permanecer na primeira divisão, assim como fez em todos os outros anos desde que chegou à primeira divisão em 2014. Sem grandes investimentos pelo fato de ser um time de orçamento baixo, o clube catarinense terá que "suar a camisa" se quiser permanecer na elite.

Novamente a Chapecoense apostará na força da Arena Condá, estádio no qual costuma surpreender os times considerados grandes e arrancar pontos preciosos, tendo sido nos dois últimos anos o fator preponderante para manter a agremiação na série A, aplicando sonoras goleadas em Internacional e Palmeiras.

Guto Ferreira está no comando técnico da equipe e tem conquistado resultados satisfatórios, incluindo a conquistar recentemente o campeonato catarinense. Coloca o time no esquema 4-2-3-1, com o artilheiro Bruno Rangel centralizado sendo a principal referência, abastecido pelos três meio campistas ofensivos Maranhão, Lucas Gomes e Ananias, os quais possuem alta velocidade.

Além disso, a Chape também conta com jogadores bastante experientes em seu elenco. Cléber Santana, com passagens por Santos e São Paulo, está no comando do meio campo, enquanto o zagueiro Neto, também com passagem pelo alvinegro paulista, é o xerife da zaga.


Corinthians: Atual campeão, o Corinthians é uma incógnita, pois sofreu enorme desmanche no início da temporada. Mesmo assim, a equipe ainda figura como uma das principais forças do país e, provavelmente, lutará por vaga na próxima edição da Taça Libertadores da América.

Tite é o grande trunfo do Timão para este Campeonato Brasileiro. O técnico tem demonstrado a incrível capacidade de armar um time bastante competitivo, mesmo com as perdas significativas de Jadson e Renato Augusto, principalmente. O comandante precisará manter a cabeça de seus atletas no lugar para que eles não entrem em campo ainda pensando na eliminação da Taça Libertadores da América dentro de casa.

O esquema busca ser semelhante ao do ano passado, mesmo que não haja material humano para isso, o moderno 4-1-4-1, com apenas Bruno Henrique na marcação do meio campo ajudando os defensores, mas os pontas, Lucca e Giovanni Augusto, sempre voltando para auxiliar na recomposição. No gol tem a segurança de Cássio. Na lateral pela direita está Fagner, considerado por muitos como o melhor na posição atualmente. A dupla de zaga tem Felipe e Balbuena, já que Yago está suspenso por doping, porém o primeiro pode se transferir ao Porto, de Portugal, antes mesmo do início da competição. A lateral esquerda é completada por Uendel, que costuma ser bastante ofensivo. 

No meio de campo, o grande destaque continua sendo Elias. O experiente volante tem uma chegada impressionante ao ataque, sempre sendo muito perigoso. No entanto, ele perderá nove rodadas por conta da convocação à Seleção Brasileira para a Copa América Centenário.

Talvez o maior problema enfrentado pelo corintiano esteja em seu camisa 9. André, contratado no início do ano após boa temporada no Sport, é alvo de críticas por boa parte de torcedores e comentaristas esportivos, não tendo encontrado seu bom futebol da época do time pernambucano. 

Coritiba: Tudo indica que este será mais um ano no qual o Coritiba passará por maus bocados no Campeonato Brasileiro, lutando até a última rodada contra o rebaixamento. O elenco vem de derrota, vexatória, na final do Campeonato Paranaense para o rival Atlético-PR, tendo levado 3x0 em pleno Couto Pereira.

No banco de reservas está Gilson Kleina, técnico quase sempre chamado pelos clubes onde passou para tentar fugir do descenso. Ele escala sua equipe no 4-2-3-1, inovando ao colocar Juan, ex-lateral de Santos, São Paulo e Flamengo, como um meia-atacante, praticamente um ponta pelo lado esquerdo. Na outra ponta, pela direita, está Negueba, outro com passagens pelo Tricolor paulista e Rubro-Negro carioca, e que tem a velocidade como sua principal arma. 

O setor ofensivo talvez seja aquele que esteja melhor representado com Kleber, o famoso "Gladiador". Se conseguir deixar seu temperamento explosivo de lado, ele tem tudo para ser o grande líder do Coxa na atual edição da competição, sendo a principal esperança de gols dos paranaenses.

A defesa é um setor que inspira cuidados. Luccas Claro não é um zagueiro muito seguro e seu companheiro, Juninho, pode estar de malas prontas para defender o Flamengo, tendo Walisson Maia como substituto imediato. A lateral direita conta com o experiente Ceará, o qual é excelente na marcação e gosta de sair em velocidade nos contra-ataques. Completa a lateral pelo lado esquerdo, Carlinhos, atleta que se destaca pela velocidade.


Cruzeiro: Decepcionante na última temporada após ter conquistado o bicampeonato em 2013 e 2014, o Cruzeiro quer mudar essa imagem sua, mas terá sérios problemas pelo caminho, começando pela contratação de seu treinador, o Paulo Bento.

O português, que treinou a seleção de seu país na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, é excelente e sabe armar muito bem suas equipes, no entanto deverá se adaptar ao estilo do jogo aqui e precisará de tempo para isso, tendo que ter a paciência da torcida e dos dirigentes, os quais devem mantê-lo mesmo se os resultados não forem satisfatórios no início do trabalho.

Não é possível saber como Paulo Bento armará sua equipe, mas o Cruzeiro vinha atuando no moderno 4-2-3-1, muito comum nos times europeus. Nele, destaca-se a ofensividade dos laterais, Lucas, vindo recentemente do Palmeiras, sempre muito bom apoiando no ataque, e também Sánchez Miño, que é meio campista de origem, mas atua na esquerda e tem a ofensividade como seu principal ponto positivo.

Chega a ser estranho ver Ariel Cabral atuando quase como um ala, pois no Vélez jogava de volante. Talvez esse seja um erro cruzeirense, que poderia sacá-lo para a entrada do jovem Élber. A dupla de volantes é formada por Henrique, o marcador, e Romero, destaque na saída de bola dos mineiros. Mais a frente, comandando o ataque, sendo o único centralizado, está Willian, o qual mesmo não sendo centroavante de origem, tem desempenhado muito bem a função de balançar as redes.

A dupla de zaga parece estar bem servida, com a manutenção de Manoel e Bruno Rodrigo, mesmo os dois parecendo inseguros em alguns momentos, possuem mais opiniões positivas que negativas dos torcedores. O gol é posição inquestionável, pertence ao ídolo Fábio, talvez um dos maiores injustiçados por não ter tido chances na Seleção Brasileira em sua época de glórias. Atualmente, não repete mais as atuações espetaculares com tanta frequência, mas continua sendo um goleiro bastante confiável e seguro.

Figueirense: O Figueirense possui alguns nomes experientes em seu elenco, no entanto deve mais uma vez lutar para escapar do rebaixamento, que parece estar fadado ao clube, o qual decepcionou nesta temporada até mesmo no campeonato estadual.

Em seu banco de reservas está Vinícius Eutrópio, que não teve um bom início de temporada na Ponte Preta, pois obteve apenas resultados insatisfatórios os quais culminaram em sua demissão. Apesar disso, é um treinador experiente e talentoso, muitas vezes apostando em uma filosofia bastante ofensiva. É justamente isso que faz no Figueirense, ao escalar a equipe no 4-3-3.

Talvez o ataque seja o setor no qual o Figueira está mais bem servido, mesmo que conte com jogadores que nunca foram unanimidade em seus clubes, talvez Lins, em sua áurea época vestindo a camisa do Criciúma, seja a exceção. Rafael Moura possui o instinto de artilheiro, porém às vezes não consegue se encaixar conforme o esquema tático. Carlos Alberto, por sua vez, deverá deixar as polêmicas de lado se quiser voltar a demonstrar um bom futebol, assim como fez na última temporada.

Há também outros jogadores com passagens por grandes clubes, como o lateral-direito Ayrton, ex-Flamengo e Palmeiras, que tem como principal característica o chute de longa distância e as cobranças de falta, podendo ser duas medidas utilizadas pelo Figueirense. Outro é o volante Ferrugem, ex-Corinthians, que costuma ser muito bom no passe, mas sofre bastante com as lesões, o que acaba o atrapalhando. Elicarlos é mais um que atuou por times de maior expressão, no caso o Cruzeiro,  sempre se destacando pela saída de bola com qualidade. 


Flamengo: Uma das equipes que mais investiu nesta temporada, o Flamengo ainda não conseguiu encontrar seu bom futebol e o trabalho de Muricy Ramalho, contratado com o projeto utópico de atuar como o Barcelona, já começa a ser questionado. Se as coisas entrarem no eixo, os cariocas possuem todas as chances de lutarem por uma vaga na próxima Taça Libertadores da América.

Apesar de experiente, Muricy ainda não conseguiu implantar sua tão sonhada filosofia da posse de bola e qualidade no toque. Talvez seja melhor o treinador voltar aos velhos tempos e apostar no "Muricybol", as jogadas aéreas em direção ao centroavante que tanto o consagraram. 

O comandante do Rubro-Negro coloca a equipe no 4-3-3 bastante ofensivo, tendo apenas Cuellar na contenção e ajudando no sistema defensivo, sendo isso algo prejudicial, pois a dupla de zaga flamenguista não passa confiança. Juan não atua todos os jogos e seu substituto direto é Cesar Martins, nome bastante contestado, enquanto Wallace, mesmo capitão, é jogador de técnica bastante questionável. Por isso, seria necessário mais um homem de meio campo para reforçar a marcação. Willian Arão, apesar de volante, apoia bastante e possui qualidade enorme para chegar à frente, apoiando o ataque, que tem Fernandinho e Marcelo Cirino abertos pelas pontas, e o peruano Paolo Guerrero como a principal esperança de gols. 

Outra dor de cabeça está na lateral esquerda. O jovem Jorge, muito bom quando apoia, não apresenta os mesmos resultados na marcação, sofrendo bastante com os atacantes adversários que caem pelo seu lado do campo. A lateral direita fica por conta de Rodinei, destaque da Ponte Preta no último Brasileirão por sua ofensividade, mas também poder de recomposição rápida.


Fluminense: O Fluminense chega motivado por conta da conquista do título da Primeira Liga, tendo entrado nos eixos logo após a chegada do técnico Levir Culpi. O grande problema são os conflitos extracampo envolvendo o comandante e o atacante Fred, principal líder do elenco. Apesar disso, as perspectivas são boas para o Tricolor Carioca.

Há nomes nomes experientes no elenco, mesclando com os jovens, casos do próprio Fred, o zagueiro Henrique, o goleiro Diego Cavalieri e o volante Cícero, todos formando a espinha dorsal dos titulares, que são escalados no 4-2-3-1.

A defesa é bem montada, com Gum sendo a maior das preocupações. Ao seu lado está o bom zagueiro Henrique, e nas laterais Jonathan, ex-Cruzeiro e Santos que recuperou seus tempos áureos, e também Wellington Silva, atleta de muita velocidade.

No meio de campo estão Pierre, responsável pela marcação e ajuda ao sistema defensivo e Cícero, que apesar de atuar como volante, possui forte chegada a frente e ótimo chute de longa distância. Além deles, Marcos Junior, Gerson e Gustavo Scarpa ficam livres para avançar com liberdade ao ataque, sendo o último o principal destaque nesta temporada, pois consegue atuar tanto nas alas como mais centralizado, sempre se destacando pelos seus arremates, cobranças de falta e assistências dadas a Fred, esperança de gols em 2016, mais uma vez.


Grêmio: O Grêmio, mesmo tendo realizado um bom trabalho na última temporada, chega para a disputa deste Campeonato Brasileiro bastante pressionado por conta das eliminações na Taça Libertadores da América e Campeonato Gaúcho. O time é bom, mas Roger, comandante da equipe, terá que provar seu valor.

Roger colocou o Grêmio no caminho certo em 2015 após início conturbado, apostando na ofensividade e no moderno esquema 4-2-3-1, muito comum nas equipes europeias. Sua principal aposta é no quarteto ofensivo formado por Luan, Douglas, Giuliano e Bolaños, sendo atletas de técnica e velocidade, com exceção de Douglas, que é o responsável por cadenciar mais a partida e dar a assistência para os companheiros balançarem as redes, mesmo gostando de anotar seus tentos em arremates de longa distância.

A dupla de volantes também é muito boa. Walace, apesar de ainda jovem, destaca-se pela marcação e incrível precisão nos passes, enquanto seu companheiro, Maicon, também tem aproveitamento bom nos passes e nos arremates de longa distância.

O setor defensivo continua sendo a principal dor de cabeça dos gremistas. Pedro Geromel ainda não conseguiu encontrar um companheiro à altura, tendo Fred, destaque do Goiás em 2015 nas cobranças de falta, como o nome do momento. Nas laterais estão Ramiro e Marcelo Oliveira, os quais não estão muito bem na temporada, tanto é que o Grêmio já acertou com Edílson, do Corinthians, para atuar pelo lado direito.

Miller Bolaños, jogador que custou alto investimento dos cofres gremistas, recuperou-se de lesão no clássico contra o Internacional pelo Gaúcho e agora, finalmente, terá tempo o suficiente para justificar o que foi gasto para contar com ele.


Internacional: A hegemonia no campeonato estadual deixa o Internacional bastante motivado para a disputa da competição nacional, no entanto precisa mostrar que as apostas feitas sobre ele são justificáveis e lutar para conquistar o caneco, algo que não tem sido comum pelo lado vermelho de Porto Alegre.

Um dos principais trunfos do treinador Argel Fucks é o estádio do Beira-Rio, que tem sido sinônimo de vitórias desde que assumiu o comando da equipe, tendo conquistado nove triunfos e um empate no Campeonato Brasileiro do ano passado. 

O Colorado é escalado no 4-4-1-1, com Anderson e Andrigo abertos pelos lados do campo, mas sempre ajudando aos laterais Artur e William na recomposição rápida. Andrigo, por sinal, barrou o carismático Valdívia, além de suprir a ausência do ídolo D'Alessandro, que se transferiu para o River Plate. Eduardo Sasha é o atacante que auxilia bastante no meio campo, dividindo também a responsabilidade de balançar as redes adversárias com Vitinho.

A saída de Alisson poderia ser sinônimo de dor de cabeça embaixo das traves, mas o Inter soube ir ao mercado e contratou Danilo Fernandes, destaque do Sport no ano passado. Os dois zagueiros são os mesmos do ano passado, Paulão e Ernando, que costumam alternar bastante entre bons e maus momentos. Já a dupla de volantes é formada por Fernando Bob e Rodrigo Dourado, os quais sabem marcar muito bem, mas possuem muita qualidade na saída de bola, além de o primeiro se destacar em lances de bola parada. 

Palmeiras: Após começo de ano conturbado com a saída de Marcelo Oliveira, o clube parece ter entrado no caminho certo após a chegada de Cuca, e, para muitos, figura entre os favoritos para conquistar o título do Campeonato Brasileiro deste ano.

Cuca já deixou claro que quer ter um time alto para apostar bastante nas jogadas áreas e lances de bola parada. Por isso, conta com dois zagueiros muito fortes em lances de cabeça, casos de Vitor Hugo e Mina. As laterais são compostas pelo coringa Tchê Tchê e Egídio, ambos muito ofensivos e que podem ter problemas em auxiliar na recomposição.

Com isso, será essencial que Gabriel Jesus e Dudu, desempenhem o papel de ajudantes na marcação das laterais do campo, também sendo velozes nas saídas rápidas de contra-ataque, nas transições entre defesa e ataque. A jovem revelação é o principal jogador no momento e tem tudo para brilhar neste Brasileirão.

Matheus Sales, que foi tão bem na final da Copa do Brasil diante do Santos, finalmente parece estar ganhando novas chances e deve assumir o posto de titular, ficando responsável pela marcação e por liberar Jean para apoiar o ataque. À frente, Cleiton Xavier espera recuperar seu futebol da primeira passagem pelo Verdão, que caso ocorra, será essencial nesta dura caminhada alviverde, pois o time necessita demais de um meia para articular as jogadas e fazer a transição entre defesa e ataque, para que pare realizar ligações diretas.

No comando do ataque, Cuca deposita sua confiança em Lucas Barrios. Contratado a peso de ouro, o argentino naturalizado paraguaio ainda não correspondeu à altura, mas recuou convocação da seleção para a Copa América, com o objetivo de se dedicar integralmente ao Palmeiras.


Ponte Preta: A Ponte Preta foi decepcionante no Campeonato Paulista, teve um início horrendo que culminou na demissão do treinador Vinícius Eutrópio. Alexandre Gallo assumiu, mas não conseguiu levar a equipe às quartas de final do estadual, sendo sacado por Eduardo Baptista, que terá muito trabalho para manter o time na primeira divisão.

Atuando num esquema 4-3-3, a Macaca aposta em velhos conhecidos para tentar fazer uma temporada segura, como o volante Renê Junior, que ganhou destaque no próprio clube de Campinas antes de passagens por Santos e futebol chinês, além do atacante Wellington Paulista, que parece estar buscando encontrar o caminho das redes novamente, e o meio campista João Vitor, ex-Palmeiras.

A defesa inspira cuidados. O jovem lateral direito Jeferson costuma ser bastante ofensivo, mas não tem o mesmo poder de marcação, enquanto pela esquerda está Reinaldo, o qual tem tido boas atuações com a camisa da Ponte Preta, mas que no São Paulo não teve futebol satisfatório. A dupla de zaga é formada por Douglas Grolli, rejeitado pelo Cruzeiro, e Kadu, com passagem pífia pelo Grêmio. Embaixo das traves fica João Carlos, goleiro que pode passar confiança para a Macaca.

No setor ofensivo está, além de Wellington Paulista, os velozes Felipe Azevedo e Rhayner, que costumam apostar em contra-ataques rápidos. Junto deles, o jovem Ravanelli, revelação da Ponte, responsável pela articulação de jogadas entre meio de campo e ataque.


Santa Cruz: Embalado pelas recentes conquistas da Copa do Nordeste e do Campeonato Pernambucano, o Santa Cruz aposta na força de sua torcida no estádio do Arruda para realizar uma campanha bastante segura e se manter na primeira divisão.

Sob o comando de Milton Mendes, um dos mais promissores treinadores do futebol brasileiro, a Cobra Coral aposta em esquema ofensivo, o 4-3-3, no qual Lelê é o responsável pela armação de jogadas e transição para o ataque, onde está o experiente Grafite, principal esperança de gols nesta temporada e também o principal líder do elenco. Arthur e Keno são os alas e aqueles que auxiliam o camisa 9 a balançar as redes, apostando muito na velocidade e jogadas verticais. 

No gol, a experiência e segurança de Tiago Cardoso, o qual já defende as cores do Santa Cruz há quase cinco anos, desde 2011, e é um dos pilares de sustentação dos pernambucanos, que ainda conta com o conhecido zagueiro Danny Morais, ex-Inter e Bahia, além do volante Uillian Correia, com passagem pelo Cruzeiro, caracterizando-se pelo forte poder de marcação. A lateral-direita é formada por Vitor, ex-Goiás e Palmeiras, que tem forte poderio ofensivo e bons arremates de longa distância, principalmente em cobranças de falta. 


Santos: Tendo a hegemonia no Campeonato Paulista, o Santos não sabe o que é figurar entre os principais times do Campeonato Brasileiro há anos. Neste ano, mesmo contando com um time titular bastante forte, o Peixe não possui peças de recomposição à altura e as convocações para a Seleção Brasileira prometem ser grande problema para Dorival Junior.

O treinador, por sinal, é bastante identificado com a equipe da Vila Belmiro, e aposta no fator casa para somar pontos importantes e voltar a figurar entre as primeiras posições. Isso porque, o Santos não perde em seus domínios desde 5 de julho do ano passado, acumulando uma sequência de 28 jogos invictos, sabendo também da força do seu campo contra os adversários

Embaixo das traves está a segurança de Vanderlei. Goleiro quieto, que não costuma aparecer muito entre os holofotes, mas sempre realizando importantes defesas. Nas laterais, duas peças importantíssimas. Victor Ferraz, muito bom na marcação, mantém enorme regularidade, enquanto Zeca, apesar de destro, para muitos é considerado o melhor lateral-esquerdo do país, sendo ágil, veloz e bastante ofensivo. A dupla de zaga tem David Braz e Gustavo Henrique, talvez sendo esse o setor preocupante, já que ambos não primam pela qualidade técnica, apesar de crescerem em momentos decisivos.

O meio de campo e o ataque são os dois principais setores santistas. Os volantes são Renato e Thiago Maia. O primeiro, experiente, dá qualidade fora do normal à saída de bola e ao toque do Peixe, enquanto o segundo possui enorme poder em desarmar e chegar com perigo à frente. Na articulação de jogadas, o principal jogador do Santos, Lucas Lima, inteligente e rápido na construção de jogadas, apostando na verticalidade e lançamentos precisos. Ao seu lado, o jovem Vitor Bueno, o qual ainda alterna entre bons e maus momentos, porém tem talento.

No ataque, Gabriel, que já deixou de ser uma promessa e se tornou realidade há tempos no Peixe, destacando-se por sua habilidade e poderio nas finalizações, mas que às vezes abusa de jogadas individuais e irrita seus companheiros, e também o experiente Ricardo Oliveira, o qual deu o título Paulista ao clube e segue com precisão incrível em seus arremates e conclusões.


São Paulo: Tudo indica que Edgardo Bauza finalmente encontrou o caminho certo para essa equipe do São Paulo. Em frangalhos no ano passado após conturbado momento político, o Tricolor Paulista aposta no Morumbi completamente lotado, assim como tem sido na Taça Libertadores da América, para poder alçar voos importantes neste Brasileirão, como levantar o caneco da competição.

A maior incógnita continua sendo debaixo das traves, onde Denis mostra-se muito inseguro e falhando em momentos importantes, sendo necessário a contratação de um goleiro mais experiente que possa assumir o posto e não sentir a pressão de substituir o ídolo Rogério Ceni. Além disso, as laterais sempre foram sinônimo de dor de cabeça com Bruno e Mena, dois jogadores extremamente ofensivos, mas que nunca foram exemplares na marcação. 

Os dois zagueiros aparentam enorme sintonia. Maicon, que chegou quieto e sem alarde do Porto, rapidamente assumiu o posto de titular ao barrar o ídolo Diego Lugano, mostrando ser um defensor bastante seguro nas bolas aéreas. Ao seu lado está o jovem Rodrigo Caio, com poder de marcação incrível e qualidade na saída de bola, tem sido um dos principais nomes da espinha dorsal são paulina desde o ano passado, sendo importantíssimo no setor defensivo.

No meio de campo, Hudson, atual capitão da equipe, é o responsável pela marcação, mas também apresenta qualidade na saída de bola. Junto dele está Thiago Mendes, outro jogador que sabe trocar passes muito bem, mas que apresenta como característica principal a chegada à frente e os chutes de longa distância. Mais próximo do ataque, Paulo Henrique Ganso, finalmente, reencontrou seu bom futebol. É o principal atleta até o momento, responsável pela armação de jogadas e por assistências geniais aos seus colegas.

Michel Bastos e Kelvin jogam como alas, auxiliam no setor ofensivo, mas também voltam e recompõe na marcação do meio campo, ajudando o artilheiro do time, Calleri, a balançar as redes. Ainda não se sabe se o argentino continuará no segundo semestre, porém ele tem sido fundamental, apresentando ótimo futebol e também muita garra. Seu substituto imediato, Alan Kardec, não parece estar no mesmo nível.


Sport: O Sport teve um ano de 2015 bastante satisfatório no Campeonato Brasileiro, mas começou 2016 não repetindo as boas atuações e tendo perdido de maneira decepcionante o Campeonato Pernambucano e também a Copa do Nordeste.


Os maus resultados culminaram na saída do treinador Paulo Roberto Falcão, que foi trocado pelo experiente Oswaldo de Oliveira, o qual provavelmente irá escalar o time do Leão no 4-2-3-1, dando muito liberdade para seus principais alas, Mark González e Lenis, que darão apoio a Diego Souza, principal nome do Sport. O camisa 87 retornou após passagem melancólica de três meses pelo Fluminense e promete ser o grande jogador nesta temporada, destacando-se por sua força física e arremates de longa distância. Centralizado no ataque está Vinícius Araújo, revelado pelo Cruzeiro e com status de grande revelação, não conseguiu se firmar após sair do time mineiro e tenta o recomeço no Rubro-Negro.

A dupla de volantes é formada por Rithely e Luiz Antonio. O primeiro se destaca por seu poder de marcação, mas não é aquela volante chamado "brucutu", possui qualidade no passe e também na saída de bola. O segundo, ex-Flamengo, possui um bom chute de fora da área e chegada ao ataque com perigo. Nas laterais, Samuel Xavier, que alternou bons e maus momentos em 2015, e também Renê, o qual tem ofensividade alta. Entre os zagueiros, o experiente e ídolo Durval divide a responsabilidade com o colombiano Henríquez.


Vitória: O Vitória quer fazer uma temporada segura para poder permanecer na primeira divisão sem correr maiores sustos, por isso vem bastante embalado por conta da conquista do título baiano em cima do rival Bahia. No comando técnico está o conhecido Vagner Mancini, o qual já está a frente do clube desde o ano passado.


A equipe Rubro-Negra é escalada no esquema ofensivo do 4-3-3, com Vander e Marinho abertos pelas pontas, colocando bolas em profundidade para Kieza, o atacante com passagem apagada pelo São Paulo no início do ano, mas que voltou a apresentar um bom futebol ao defender a agremiação baiana. 

O meio de campo é coordenado por Leandro Domingues, jogador de grande capacidade técnica e muito bom em arremates de longa distância, sendo o principal articulador de jogadas do Vitória. Willian Farias e Amaral são responsáveis pela transição entre o seu setor no campo e o ataque.

O experiente Diego Renan faz a lateral-esquerda, apoiando muito bem no ataque e nas bolas paradas, mas também conseguindo recompor muito bem, assim como seu companheiro José Welison. Os zagueiros são Ramon e o conhecido Victor Ramos, muito bom nas jogadas aéreas. O gol está nas mãos de Fernando Miguel.