09 julho 2016

HERÓIS DO OURO: Rodrigo Caio



Neste ano, ele já foi chamado por um assessor do São Paulo de "jogador de condomínio", porém Rodrigo Caio deu a volta por cima em 2016, tanto é que foi chamado para disputar as Olimpíadas no Rio de Janeiro, com a Seleção Brasileira, em busca da inédita medalha de ouro, sendo um dos homens de confiança do técnico Rogério Micale.

O jovem é do interior de São Paulo, mais precisamente, do município de Dracena, a mais de 650km da capital. Nasceu em 17 de agosto de 1993, e fez toda sua carreira no Tricolor do Morumbi, no qual chegou logo aos 12 anos, para treinar no Centro de Treinamento em Cotia, deixando os familiares na cidade natal, mas com a certeza que seria recompensado por isso.

Seu pai trabalhava em um mercado, enquanto sua mãe dava aula em escolas públicas. Mesmo com a aparência de "mauricinho", o zagueiro já revelou em entrevistas que tem essa fama por conta de sua fisionomia, mas que sempre teve vida difícil e, logo que assinou seu primeiro contrato profissional, retirou seu pai do mercado e deu uma casa à família. 

Rodrigo Caio passou por uma drama aos 15 anos, quando teve uma grave lesão no joelho direito, no qual deslocou a rótula e chegou a ouvir que "nunca mais jogaria futebol". No entanto, o zagueiro, que até então atuava como volante, conseguiu se recuperar e voltou a se destacar nas categorias de base são paulinas.

A estreia com o time principal do São Paulo aconteceu em junho de 2011, na goleada do rival Corinthians pelo placar de 5x0, no estádio do Pacaembu. Mesmo com a derrota, Rodrigo Caio acabou recebendo mais chances, incluindo estar no plantel em 2012, ano o qual ficou marcado por ter atuação impecável em clássico diante do Santos e anular Neymar. No entanto, foi em 2013 que passou a ganhar destaque atuando entre os zagueiros.

Só que os anos seguintes, tanto 2014 como 2015, foram bastante difíceis para o jovem são paulino. Primeiro, ele rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e ficou cerca de oito meses se tratando no Departamento Médico. Quando voltou, já em 2015, viu sua transferência para o Valencia, quase concluída, melar nos últimos instantes, muito por conta das lesões.

Começou 2016 de maneira melancólica, falhando bastante e sendo chamado por Rodrigo Gaspar, assessor da presidência do São Paulo, de "jogador de condomínio". Contudo, não se abateu com as queixas, deu a volta por cima e, hoje é um dos homens de confiança do técnico "Patón" Bauza.

Pela Seleção Brasileira, sempre foi presença nos times de base e esteve no grupo que foi eliminado ainda na fase de grupos da Copa América Centenário. Agora, recebeu a chance de buscar a medalha de ouro em terras brasileiras!