Messi isolou cobrança e perdeu chance de faturar título com a Seleção principal. Foto: UOL Esporte |
Na terra do futebol americano, Lionel Messi fez aquilo que os nativos chamariam de "field goal", lance no qual a bola oval é chutada por um "kicker" para se tentar a pontuação. No entanto, no esporte que o pessoal dos Estados Unidos chamam de "soccer", o camisa 10 da Argentina acabou isolando penalidade máxima em cobranças alternadas após empate sem gols no tempo normal e prorrogação, terminando com vitória do Chile por 4x2, na noite deste domingo, 26, no MetLife Stadium, em Nova Jersey, na grande decisão da Copa América Centenário.
O resultado corresponde ao segundo título continental dos chilenos, que já haviam conquistado a competição no ano passado. Os argentinos, por sua vez, continuam com o incômodo tabu de 23 anos sem conquistar títulos com a seleção principal, sendo derrotados em sua terceira final consecutiva (Copa do Mundo 2014, Copa América 2015 e Copa América Centenário 2016).
Assim como nas duas outras decisões, Higuaín teve oportunidade claríssima de abrir a contagem do marcador. Aproveitando um vacilo do zagueiro Medel, o atacante tomou a bola, avançou em velocidade e deu um toque de cavadinha, na saída de Bravo, vendo a bola se perder pela linha de fundo.
As oportunidades eram escassas e o Chile não conseguia oferecer perigo à meta argentina, tendo as coisas piorado quando Marcelo Díaz deu trombada em Lionel Messi, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso, deixando os chilenos com um homem a menos.
No entanto, a vantagem de jogadores em campo dos argentinos durou até os minutos finais do primeiro tempo, quando Rojo acertou carrinho por trás em Vidal e também recebeu o vermelho, indo para os vestiários mais cedo.
Veio a segunda etapa, e o Chile conseguiu equilibrar a partida que até então estava sob domínio da Argentina, mesmo que não tivessem aparecido oportunidades claras de marcar. Apesar disso, os ataques de ambas as seleções continuavam inoperantes.
A partida era bastante dura, com entradas ríspidas e muita discussão, com os jogadores trocando empurrões a cada parada. Messi e Alexis Sánchez, principal esperança de Argentina e Chile, respectivamente, estavam bastante sumidos, tendo o segundo, aliás, reclamado bastante de dores musculares na coxa esquerda.
Chile faturou seu segundo título de Copa América Foto: Reprodução Facebook - Conmebol |
Com isso, o confronto foi se arrastando. Vargas assustou em finalização cruzada dentro da área, a qual Romero espalmou. Em seguida, Sánchez fez jogada individual, mas não conseguiu finalizar. Os argentinos responderam com Lionel Messi ao fazer fila e bater para fora. Não tinha jeito, o duelo iria para a prorrogação.
Nos trinta minutos extras, uma grande chance para cada equipe e ambas em jogadas pelo alto. A primeira foi para o Chile, quando Puch recebeu pelo lado esquerdo e cruzou para Eduardo Vargas testar meio desequilibrado e Romero segurar firme. Em seguida, Lionel Messi deu um tapa na bola, colocando na cabeça de Agüero, que mandou para a meta chile, mas Bravo voou para dar um tapinha e operar verdadeiro milagre, levando o jogo para os pênaltis.
Curiosamente, chilenos e argentinos escolheram iniciar suas cobranças por seus destaques na partida, e se deram muito mal! Vidal começou batendo e Romero defendeu. Porém, Lionel Messi isolou de maneira bizarra, ficando completamente desolado e não acreditando naquilo. Catillo, Aránguiz e Beausejour converteram para o Chile, enquanto Mascherano e Agüero fizeram para a Argentina, mas presenciaram Claudio Bravo defender o chute de Biglia. Com isso, coube a Francisco Silva deslocar o goleiro Albiceleste e dar o título à Roja, 4x2.